segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Amigos que se perdem

Estou de férias em casa, já que tive que tirar essas férias as pressas, estou sem fazer nada.
Muito tempo para pensar em tudo e pensar em nada ao mesmo tempo.

O trabalho aqui em São Paulo é algo estranho para mim, a maioria das pessoas tem grupos de amigos de outras referencias sem ser do trabalho, inclusive preferem não se tornarem muito próximas deste pessoal... Mas como vim do interior para cá, meus amigos aqui são do trabalho, tem uma turma que era inicialmente a turma do meu marido, agora também são meus amigos, e há o pessoal do movimento estudantil que não tenho muito contato, e lamento.

Lamento sempre os amigos que se perdem, não por brigas e rompimentos, mas os que vamos perdendo assim sem saber a razão...

Pensando nestes consigo fazer uma lista imensa de amigos que eu gostaria de ter de volta.

Talvez não seria a mesma coisa, já que hoje eu sou uma pessoa diferente daquela menina que vivia em Garça e ia a pé para a escola, diferente daquela estudante de colegial que cheirava lança perfume no Carnaval e voltava a pé para casa já com o sol nascendo, diferente da militante estudantil que viajava de onibus de São Paulo para Belém por três dias e achava o máximo...

Pessoas especiais, com quem eu gostava muito de conversar, tomar uma num boteco ou choramingar os desalentos da vida. Pessoas que viram acontecer o meu primeiro amor, a primeira dor, muitas alegrias e decepções deste meu caminho.

Penso com muito carinho nestes amigos e nos tempos em que convivi com eles, me pego sorrindo sozinha.

Acho que não procuro por alguns porque, talvez, eles tenham o poder de despertar o dragão.

3 comentários:

Jú Pacheco disse...

Misterioso... e algumas vezes um tanto ressentido.

Volte qdo puder.

veridiana.ferrari disse...

oi, telma!
vim aqui pra tentar saber quem era você e como me achou - sem pistas, no entanto, rs...
gostei do título do blog e voltarei mais vezes.

um beijo,

Juliano Machado disse...

Olha blogosfera achando dragões, lagartixas, salamandras! De minha parte sou porquinho da índia que voltará à casinha.

Telma, esses amigos são parte do que você se tornou, e se estão ou não presentes, são circunstâncias muitas vezes maiores (ou menores mesmos) de tanta subjetividade que o exercício de pensar só vale se houver chance prática de reencontro. Exagero? Sei lá, ando meio desesperançoso.

p.s. 0 se possível, tira essa verificação de letras porque é muito chato, e garanto que todos aqui somos seres humanos, exceto eu, robô.