quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Terapia - O primeiro passo


Sou daquelas que é super favorável a terapia, aquela que diz para as pessoas fazerem, mas não faz.


Faça o que eu falo e não o que eu faço. Sim, neste caso sou eu mesma.

Na listinha de TO DO para 2012 está procurar terapia, e me pego pensando que é caro, mas nem sei quanto está hoje em dia a sessão aqui em São Paulo. Ou então penso que não terei um horário para ir ou onde será, que precisa ser perto de metrô, ou de casa...

Uma infinidade de desculpas que podem sim me fazer empurrar e ao mesmo tempos fica mais evidente para mim que estou precisando de ajuda para me organizar por dentro, me ver melhor, me conhecer, me permitir.

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma professora, um futuro, um dia...

Outro dia tive que fazer uma apresentação, de última hora, sem preparação decente. Público de 200 pessoas, auditório de um hotel.


Fiquei preocupada e ansiosa, posso até admitir que fiquei nervosa com a situação.


Mas quando peguei o microfone na mão foi como se uma chave tivesse sido virada nas minhas costas, como naqueles desenhos animados de boneco de corda.




Uma explosão de adrenalina que fez o calor subir para as minhas bochechas, andar por todo o palco e falar com uma segurança que não sei de onde vem.


Fiquei feliz e me lembrei dos tempos em que fazia muito isso, na época da faculdade e do movimentos estudantil.


E hoje, no dia dos professores, me lembro que podia ser uma e algumas escolhas da minha vida (não vamos julgar certas ou erradas, pois não é assim que vejo) me levaram para um caminho bem diferente.


Gosto de pensar que um dia posso exercer a profissão... Um dia, um futuro.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amor velado, flerte eterno

Sou amiga dessa mulher que carrega em seu peito um sentimento muito bonito.

Quando eu notei comecei a brincar com ela e percebi que o homem também tinha aquele olhar diferente para ela, aquele cuidado,  um carinho.

Depois de um tempo os amigos todos brincavam e ela dizia que estávamos todos loucos, que ele era muito bem casado, que eram só amigos e ele morava lá longe (outro estado!).

Muitos encontros depois, o mesmo comportamento de ambos e hoje até mesmo ela percebeu que existe algo sim, mas que não vai acontecer nada, que o sentimento existe, é recíproco, mas é além do realizável. Sempre será esse amor velado e eles terão em todos os seus encontros esse flerte gostoso.

Um amor assim é bom, chega a ser lindo, mas quando perguntei se dói ela me disse que não... Será?







domingo, 12 de junho de 2011

A Linha do Tempo Interna



Um pouco antes de completar meus 32 anos meu marido me perguntou se eu achava que tinha passado rápido...

Sempre me perguntou o que está acontecendo com o tempo e com o MEU tempo.

O tempo é muito relativo e todas as sensações que ele nos dá depende do que é ou não registrado na memória.

O tempo como cronologia, pelo tic-tac de um relógio, pelas rotações e translações é exato, sempre o mesmo, nunca passa mais rápido ou devagar.

Mas o meu tempo, o seu tempo é contado através de memórias e lembranças e nisso conta muito algo como a rotina.

Quando somos crianças, até os 12 ou 13 anos, pouco temos de rotina em nossas vidas, e mesmo as que existem ainda são dignas de nos trazer alguma aprendizagem. E me lembro que neste tempo, da minha infância e pré-adolescência, tudo passava bem devagar, como se fosse para que eu pudesse degustar cada momento novo, cada sensação nova, cada frio na barriga, cada conquista.

Chegou assim a espera pelos 18 anos, poder tirar carta, como a gente dizia, ou chegar a tal maioridade achando que isso nos tornaria independentes e autossuficientes, um grande engano. Este é o maior engano de um adolescente e depois de alguns anos continua sendo, já que ouvi recentemente isso sair da boca da filha de um colega.

Até chegar a responsabilidade financeira e moral o tempo ainda caminha lentamente, mas chegada a rotina, o trabalho, o caminho até o local do trabalho, as obrigações...O tempo começa a voar, os anos, as décadas e dos seus vinte e poucos anos você alcança os trintões num pulo só.

Dentro da última década não me lembro claramente de mais de 10 dias memoráveis, vou fazer esse exercício para valer depois e ver se consigo mesmo os 10 dias.

Isso tudo para dizer que 1 ano de trabalho deve corresponder a 1 dia pintando a rua com tijolo de construção na linha do tempo interna que temos. 

E que hoje, no presente, já adulta, tenho que me esforçar para não deixar tudo ser comprimido e ocupar menos espaço nesta linha do tempo. 

Preciso fazer alguns dias se tornarem memoráveis, algum toque aqui ou ali e realizar o que viemos fazer aqui. 

Viver a vida.



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Serenidade e Sabedoria





Gosto dessa oração:

Oração da Serenidade (mas eu chamaria de Oração da Sabedoria)

Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma das outras. (Reinhold Niebuhr)


Apesar de ser uma oração, um pedido a Deus, eu sempre desejei sabedoria para as pessoas em votos de aniversário...

Depois de um certo tempo e experiência comecei a entender essa diferença entre o que podemos ou não mudar.

Escolha as brigas certas. Ouvi isso de um chefe, mas é uma outra história para contar...




quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mulheres Amantes - A Outra

Fico sempre muito curiosa com essa questão.


Perguntas que eu gostaria de fazer, mas hoje não conheço ninguém que possa me responder (pelo menos não abertamente).


Isso tudo começou quando tive uma colega de trabalho linda e algum tempo depois fiquei sabendo, lógico que por vias tortas, que ela era amante de um cara casado, ela era a outra.


Tentei nunca julgar a escolha dela, mas juro que nunca entendi.


Jovem, um tanto lolita, pele clara e cabelos escuros, como a própria Branca de Neve. Ela já tinha uma filha de outro relacionamento, devia ter 9 ou 10 anos. Vestia-se muito bem, magra e de medidas perfeitas para os padrões massacrantes do presente, não era vulgar nas suas roupas, não se oferecia através dos decotes ou pernas de fora, clássica e elegante. Educada, falava baixo, sorria discretamente, tinha senso de humor, cultura geral, simpática, humilde e modesta.


Ou seja, tinha tudo para ter um  namorado, noivo ou marido, mesmo sendo mãe (o que sabemos que é um problema sim para alguns homens). Ela era bonita, interessante e podia manter uma conversa com qualquer homem.


A escolha dela, ou o destino dela, a levou a manter um caso com um homem casado.


Por que?


Eu entendo toda a questão da paixão, do encontro tardio, quando uma das partes já tinha casado e depois venho a encontrar alguém que despertou todo esse sentimento.


Mas isso tudo vem acompanhado de uma separação e aqueles que se encontraram ficam juntos e felizes.


Quando isso não acontece que me intriga. Quando a mulher se sujeita a ser a outra por um longo período, muitas vezes pela vida toda ou por parte importante dela.


Talvez seja tão bom quando está ali junto do homem amado, por aquele momento, que todo o resto vale a pena.


Talvez seja crer nas palavras e promessas e se agarrar ao futuro que um dia virá.


Talvez seja uma forma de amar e ser amada mais plena e suficiente que eu não consiga entender, que não dependa de amarras ou presença constante.


Talvez seja social e histórico, a auto-estima baixa das mulheres.


Eu estava pensando em criar algo para ouvir essas mulheres e tentar entender melhor.


Não estou dizendo aqui que não sejam felizes ou que não tenham problemas, sonhos, angústias, desejos e dúvidas. 


Assim como abri este texto reafirmo que é somente uma curiosidade que eu tenho. Perguntas... Quer responder?





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aniversário

O meu está chegando.

No dia 26 completo 32 anos de vida.

Gosto muito de comemorar e fico como criança esperando a data chegar. Meu peito se enche de alegria nos dias que antecedem a data.

Por muitos anos não comemorei, no início por não ter amigos para fazer uma festa, acabara de mudar para São Paulo e a dureza desta cidade em que nem os conhecidos e colegas se encontram todos os dias ou toda semana (assim como era minha vida no interior) e depois que já tinha amigos e até uma certa frequência de encontros fiquei estagnada, sem nenhuma movimentação dentro de mim para agitar.

Foi quando passou meu aniversário de 30 anos e nada fiz que percebi que a data que sempre fora motivo de alegria e felicidade passou a ser um vazio, pois assim foi que me senti, uma tristeza e angústia profunda.

Decidi perto dos 31 fazer A FESTA, toda a preparação e aquela insegurança boba. E se não aparecer ninguém?

Minha família veio quase toda, amigos queridos, amigos que eu não encontrava há tempos... Mais de 50 pessoas que fizeram o modesto salão de festas do prédio ficar pequeno.

A lista de convidados dos 32 anos já sofreu cortes doloridos e já passamos dos 40 confirmados!

Nem era esse rumo que o post devia ter tomado, mas a empolgação é tanta que já foi.

Depois escrevo o que era pra ser... Depois do meu aniversário!!!



domingo, 20 de fevereiro de 2011

Noite

Descobri recentemente que ouvir um livro me faz adormecer.

Tenho feito isso todas as noites que antecedem os dias de trabalho, assim evito ficar vagando pela madrugada e acordar péssima no dia seguinte ou nem acordar.

Preciso conseguir mais audiolivros e garantir meus dias.

Não entendo porque sou assim, não sofro de insônia porque consigo dormir, só prefiro a noite e meu corpo também. Gosto da teoria maluca de ser genético, devido a minha ascendência nipônica os meus genes e células trabalham no fuso do Japão... 

Talvez devesse procurar trabalhos noturnos. 

Gosto quando alguém fala mais alto nos outros prédios, um bêbado que volta da festa cantando feliz, um casal discutindo a relação depois de um jantar com amigos, amigas já com os saltos nas mão depois de tanto dançar. As conversas dos porteiros e seguranças e as brigas em geral, o carro que parte cantando seus pneus.

Corro até a janela para tentar ver os sujeitos, mas nem sempre é possível.

Rodo por todos os canais de TV, fuço na internet, as vezes choro sozinha, fico puta por qualquer coisa, faço perguntas que ninguém responde.

Bocejo, cochilo e levanto para ir dormir na minha cama.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Podemos amar duas pessoas ao mesmo tempo?





Não sei a resposta desta pergunta.

Sei que existem várias formas de amar e de ser amado.

Foi quando vi um episódio de um seriado (Chuck) que fiquei com essa pergunta no ar. Amar duas pessoas da mesma forma, com os mesmos desejos e afetos, expectativas e decepções...

Somos monogâmicos? As vezes penso que não, mas quando penso em dividir fica complicado, a questão da posse, do "'é meu!" é jogada com força na minha cara quando cogito fazer esse discurso sem moralismo. Ou seja, a moral social está dentro de mim quando relacionada aos meus, para os outros sou a maior liberal.

Quanta hipocrisia minha e o pior é saber disso (e ainda escrever, cara-de-pau mesmo!).

Não tenho conclusões, só essa que ficou no parágrafo acima. (**risos**).


PS. Procurando imagens para ilustrar este post encontrei um texto muito bom em um blog, recomendo a leitura! Monogamia X Poligamia – quem leva a melhor? 

Na busca de algo para ilustrar este post encontrei ótimas imagens.