segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Meu melhor amigo é o meu marido.

Será que isso deveria me preocupar?

Somos sexualmente ativos sim, adoramos conversar, se cutucar, fazer um afago, vamos ao cinema, jantamos fora...Cuidamos da casa do nosso estranho jeito, brigamos como qualquer outro casal normal.

Também acho normal ser amigo do seu parceiro numa relação. Mas ele ser o seu melhor amigo, tudo bem?

Fica a pergunta.

Mas que é bom demais e sempre que posso abraço e cheiro ele assim... (Não é lindo? É um dragão e uma menina!!! E repara só a alegria dela! Sou eu!!!)

*Ilustração de Hiro Kawahara




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cadernos, diários e anotações

Quando pequena escrevia em diário, com direito a cadeado e tudo mais.

Comecei criança com aquele diário do início dos anos 90, era cheiroso, com folhas cor-de-rosa e tinha uma capa de plástico rosa também, nela duas abas pequenas (bem frágeis!) para colocar o cadeado que vinha com duas chavinhas. Eu deixava as duas juntas, não entendia a lógica ainda.

Escrevia ali coisas que aconteciam nos meus dias, bobeiras bem inocentes.

Depois veio a fase das agendas, lá escrevia as angústias adolescentes, os amores secretos, as estripulias... Colocava tudo naquelas páginas, papel de bala, de bombom, ticket de cinema, canudinho, bilhetinhos de amigos e tantas outras tranqueiras que nem me lembro mais. Usava canetinha hidrocor, caneta de 10 cores (hahaha!) e muitos clips de papel de cores fluorescente de plástico e adesivos.

Colava nas páginas aquelas figurinhas do álbum "Amar é..." e escrevia muito.

Passou a fase rebelde e alegre demais, não me lembro se comprei ou se ganhei um caderno igual ao diário que a Helena usava naquela novela do Manoel Carlos "Por Amor", era encapado com tecido, todo chique.

Este diário ainda está em uso, mas não escrevo há muito tempo, muito mesmo. Já tinha iniciado ele com a proposta de escrever só quando precisasse, quando algo muito grande estivesse dentro de mim.

Ele é o mais pesado de todos, as dores foram evoluindo com a idade chegando, mas sempre que leio me faz bem, porque aquilo tudo que está ali registrado fica bem menor com o passar do tempo, muitas vezes ganha até um sorriso durante a leitura, um suspiro satisfeito...

Agora tem esse blog, que pensei que seria mais atualizado, mas percebo que por ser mais íntimo, com reflexões bem pessoais e de assuntos meus, não posso me forçar a escrever. Talvez se eu fosse uma escritora melhor, talvez se precisasse mais desabafar.

Estou com a impressão que já escrevi um post parecido com esse bem no começo do blog. Já foi!