Namorar morando em cidades diferentes.
Eu vivi isso por um ano e meio, eu no interior e ele na grande São Paulo. Eram 276 km de separação, uma parada no posto de gasolina para lanche e toalete, mais outra parada em São Carlos. Assim era o itinerário do ônibus que ou eu ou ele pegávamos todos os finais de semana, sem furar nenhum. Araraquara - São Paulo, São Paulo - Araraquara.
Também conversamos longamente por telefone, todos os dias, logo que o relógio passava da meia noite ou um ou outro ligava, o telefone mal tocava e já era atendido. Depois da meia noite porque era mais barato, não sei se ainda é assim hoje.
Lembro como toda a espera era extasiante, a espera por encontrá-lo, a espera pelo toque do telefone, a espera por ouvir o alô do outro lado.
Comecei a pensar neste tema quando conversei com uma amiga de lá que está namorando um amigo que está aqui em São Paulo, já estão juntos a bastante tempo e acabei relembrando minha época de namoro.
São alguns pontos muito positivos que quero citar aqui, um deles é o fator saudade que acontece bem no comecinho da relação, quando estamos no auge da paixão, querendo ficar junto o tempo todo, fazer de tudo junto, a fase da melação e grude total. Mas não é possível, a partida de um dos dois é inevitável, assim como a saudade que vem e invade tudo. A sensação de saudade que sabemos que está para morrer é muito boa!
Outro ponto é exatamente o contrário, a distância força o encontro íntimo que nem todo namoro tem como regra, ou seja, quando se encontram precisam abrir suas casas, arrumar um cantinho para dormir, apresentar a família...
Com tudo isso vem algo muito importante, começa mais cedo a fase do planejamento, pois começamos a pensar logo como fazer para acabar com a tal distância e o sonhar junto que constrói a vida de um casal.
A sensação que tenho é que o namoro à distância amadurece mais cedo...
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