Pensei em escrever "As Aventuras de uma Japonesa do Interior na Grande São Paulo" (ainda não estou feliz com esse título) e colocar todas as minhas sensações, impressões, perguntas, angústias...
Fui de trem e saquei minha agendinha de bolso e fui escrevendo.
O condutor do trem avisa para tomarmos cuidado com o vão entre o trem e a plataforma, olho para lá, é enorme e com uma diferença de altura, com certeza muitos já foram por ali.
Você desce do trem preocupado para não cair, a saída da estação é por uma catraca horrível, fechada até o teto, uma grade horizontal que cruza com uma outra invertida, você entra dentro dela, como nessas portas giratórias de banco. E pior, ela ainda faz barulho quando gira com você.
Para ajudar eu saí da estação pelo lado errado, fui parar do outro lado da linha do trem.
Fui eu atravessar pela passarela, estava caindo uma chuva fria e fina, eu estava sem guarda-chuva, mas isso não era um problema, pois os camêlos estavam todos pela passarela e fizeram um túnel com toldos para protegerem suas barracas e mercadorias. Um tanto claustrofóbico, mas funcional. Por ali havia gente comprando, vendendo, conversando, de bicicleta e atravessando como eu, trabalhando como eu.
Fui eu atravessar pela passarela, estava caindo uma chuva fria e fina, eu estava sem guarda-chuva, mas isso não era um problema, pois os camêlos estavam todos pela passarela e fizeram um túnel com toldos para protegerem suas barracas e mercadorias. Um tanto claustrofóbico, mas funcional. Por ali havia gente comprando, vendendo, conversando, de bicicleta e atravessando como eu, trabalhando como eu.
Estou aprendendo muito com meu trabalho. Aprendendo a olhar de verdade.