quinta-feira, 28 de março de 2013

Coração cheio partido

Foi há muito tempo, eu era só uma garota de 14 anos que mudou de cidade no interior.

Minha primeira tristeza, minha primeira separação.

Tudo o que eu achava que podia ser ficou para trás, lá na pequena cidade ficou a garota que era o centro da turma da escola, a que organizava os piqueniques no bosque, os bailinhos e era cupido dos casais...

Nova cidade, nova escola e novos amigos.

Mas por mais de 2 anos permaneci voltando para a pequena cidade e revendo velhos amigos, uma vez ao mês, ou sempre que meus pais me deixavam.

Numa dessas voltas reencontrei um amigo, um garoto que foi namoradinho de outra amiga, que eu mesma agitava para eles ficarem juntos. Coisa de criança, sabe?

Não namoravam mais, já tinha um bom tempo. Ele me convidou para dar uma volta de moto no lago.

Descemos da moto, estava escuro e um pouco frio... Ele me puxou e me beijou.

Foi engraçado e sem graça ao mesmo tempo, batemos de leve os dentes da frente. Muita emoção!

Começamos o tal namoro à distância. Foi bom, cheio de descobertas e uma aventura de indas e vindas.

Mas aos 14 anos, sem grana própria, sem autonomia, sem liberdade a coisa esfriou.

Não me lembro bem como foi, devo ter me protegido dessas memórias, só recordo que alguém me contou que ele me chifrava em uma outra cidade, onde tinha uns parentes. Não lembro o que fiz, não lembro o quanto sofri e se chorei (mas imagino que sim e muito!), não lembro como terminou, não lembro de mais nada.

De alguma forma deve ter sido traumático para tanta negação... Meu primeiro namorado, meu primeiro chifre, meu primeiro rompimento, meu primeiro esquecimento amoroso!

Não foi só um pé na bunda, foi um coração cheio partido.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Minha melhor amiga

Sabe aquela sua amiga de pré adolescência?

Aquela que vivia com você quando tinha 12 ou 13 anos, para todos os lados, cheias de assunto para conversar, risos soltos e tudo mais?

É difícil manter uma amizade assim, a vida, as escolhas que fazemos, muitos outros fatores separam nossos destinos.

E foi assim que aconteceu, vivemos intensamente nossa amizade até os vinte e poucos anos e fomos nos perdendo, sem grandes rompimentos ou brigas. Foi só uma distância que foi crescendo e crescendo.

Sempre senti falta dela, nas horas difíceis e nas horas de alegria, nas dúvidas e nas certezas.

Outro agravante foi a distância física, eu mudei para a capital e ela ficou no interior.

E a mesma vida nos reuniu novamente, não em definitivo ainda, mas já rendeu bons momentos!

O namorado dela, que era nosso amigo de adolescência também, está morando aqui e ela vem todo mês.

Agora nas férias dela passamos bons dias juntas!

Minha melhor amiga, minha melhor lembrança e a minha felicidade de reviver a vida!

Saúde!!!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Resoluções do Ano Novo

Todo final de ano me pego pensando na vida.

Aquela hora do balanço geral.

O ano de 2012 foi muito legal por pontos bem específicos:

- Fiz a festa de casamento que sempre quis, casei de vestido vermelho como se cumprisse uma profecia (assunto para um outro post!);

- Meu marido começou a dirigir, agora ele vai para o trabalho todos os dias de carro e está pegando até gosto pela coisa! Compramos um carro usado automático para isso, algo que foi essencial;

- Viajamos para Natal/RN e para o Rio de Janeiro/RJ, algo que faz bem e vale cada centavo!

- Começamos a nos alimentar melhor em casa, me desafiei a fazer o jantar nos dias de semana, não deixar a preguiça me vencer e ter tudo o que fosse necessário para isso. Queria provar para mim mesma que era capaz e consegui.

Para 2013 fiz algumas resoluções práticas e outras mais de inspiração...

Vamos lá!

As práticas relacionadas até o momento:
- comprar um sofá novo para a sala;
- mandar fazer um móvel para colocar todos os discos de vinil que temos;
- arranjar uma maneira de organizar e guardar nossos papéis.

As de inspiração:
- ir mais á praia;
- ler mais;
- caminhar;
- ir mais ao teatro ou shows de música.


Agora é viver mais um ano! E que muitas coisas boas aconteçam e que eu faça acontecer!!!





sábado, 23 de junho de 2012

Esquecimento

Eu esqueço tudo muito rápido...

Qualquer coisa, um filme, um final de novela, de livro, de piada.

Se você briga comigo sou capaz de esquecer a razão, se eu perdoar então, deleto total.

Fico preocupada com isso em alguns momentos. Será que é normal não ser nem um pouquinho "coração peludo"?

Sabe o que é coração peludo? São pessoas que guardam mágoa, rancorosas por natureza...

Eu choro muito quando estou triste ou magoada, frustrada ou angustiada.

Na real não são os momentos de esquecimento emotivos que me deixam intrigada, são os momentos corriqueiros que me deixam mais de pulga atrás da orelha.

O melhor e mais atual/marcante momento desses foi com o filme "E o vento levou...", clássico dos clássicos, eu já tinha assistido mais jovem, sei lá, há uns bons 10 anos ou mais, ok, não lembrava de nada, normal até aí. Assisti, adorei e depois de uma semana conversava com meu marido e minha sogra sobre o filme e pã!!! Não lembrava como acabava o filme, se a mocinha ficava com o "love of my life" dela... Olhei com aquela cara para o meu marido e perguntei. Ele não acreditou em mim, nem eu mesma acreditei.

A pergunta que precisa de respostas: É normal???




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Extrapolar

Ir além do limite. Perder a cabeça.

Quando isso significa diversão é ótimo e foi isso o que aconteceu no sábado passado. 

Meu marido e eu fomos para uma festa e nos acabamos, dançamos, bebemos e rimos juntos.

Não sei bem como eu estou, mas melhor que antes. Não sei por quanto tempo, mas por enquanto está tudo bem.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Espero que passe logo...

Tirando os dias de festa em que fui para casa dos meus pais no interior, passei cada dia das minhas férias em casa, trocando o dia pela noite, me alimentando de cereal e miojo, assisti todos os episódios da sétima temporada de One Tree Hill e Cold Case...

Sem forças e coragem para ir levar o ferro de passar para consertar e trocar a mangueira do aspirador, o local fica a menos de 500 metros de casa.


Não arrumei os armários da cozinha e nem separei as roupas que não usamos mais como eu havia planejado.

Entrei numa roda morta, estou aqui triste e sem vontade de fazer nada.

A verdade é que eu espero que alguém me pegue pela mão e faça com que este momento seja especial, planeje algo diferente, me surpreenda.

Consegui nestes dias cozinhar um pouco, fiz um bolo de chocolate e um fricassê de frango capenga (faltou o requeijão!).

Não fui ao shopping trocar os presentes de natal que não serviram ou eu não gostei. Não fui comprar 2 calças jeans como havia listado.

Quis ir à praia, mas não tentei organizar a viagem.

Precisamos lavar as roupas de cama e banho que não levamos à casa dos meus pais, pois era feriado e um curto feriado.

Não digo nada à ninguém porque tenho vergonha. Liguei para duas psicólogas, uma das metas deste novo ano é fazer terapia, uma não atende mais em consulta e a outra não atende o telefone. Peguei algumas indicações com amigos ontem, não liguei para nenhum.

Queria falar com alguém, busquei o telefone do CVV para conversar, liguei, chamou 3 vezes e eu desliguei. Antes disso uma amiga me ligou, perguntou porque estou procurando terapia, se aconteceu algo, eu disse que está tudo bem e que só faz parte das metas do ano.

Eu sabia que minhas férias seriam assim, meu marido está trabalhando, não tem direito à férias ainda. O pior é ouvir dele que está torcendo para eu voltar a trabalhar porque fico deprimida, esperava dele alguma iniciativa de planejar fazer algo comigo neste fim de semana.

A única coisa que ele planeja fazer é ir visitar a mãe, fica sempre dizendo isso, que quer ir lá na casa dela, que só ela tem vindo aqui em casa. Sei que faz tempo que não vamos até lá, mas também por conveniência dela, assim ela não precisa prender os cachorros ou limpar a casa para mim Também é bom pra mim que ela venha, não preciso dirigir até lá, algo que não gosto de fazer. Meu marido não dirige e acabou acomodado, já que eu o faço, mas é sempre uma luta para mim.

Ontem deixei um bilhete para ele pedindo desculpas pelo meu atual comportamento, um bilhete confuso escrito de madrugada, com um pouco de culpa, frustrações e acusações veladas. Tenho a impressão que ele não veio se despedir de mim esta manhã, mas não posso afirmar, pois devia estar desmaiada e posso não estar lembrando...

Minha vida é boa, por isso não sei o que está acontecendo comigo, não entendo e não consigo sair disso.

Toda vez antes de dormir faço planos curtos, do tipo ir levar o ferro para o conserto ou separar as roupas e sapatos, acordo e não faço nada.

Ainda não chorei.

Acabo de ler o que escrevi. Sinto vergonha. Uma vontade de selecionar tudo e apertar o delete. 

Espero que passe logo...



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pequenas surpresas, pequenos prazeres!


Os primeiros dias do ano e o peito fica apertado, o sono desaparece e meus pensamentos são os mais sem noção...

Mas a vida tem se mostrado de pequenas surpresas boas, não tenho o que temer. Conhecer coisas novas, mesmo que tardiamente.

Assim como experimentar uma cereja (dessas de verdade, a fruta natural mesmo!) há poucos anos e adorar!
Pequenas surpresas, pequenos prazeres!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Terapia - O primeiro passo


Sou daquelas que é super favorável a terapia, aquela que diz para as pessoas fazerem, mas não faz.


Faça o que eu falo e não o que eu faço. Sim, neste caso sou eu mesma.

Na listinha de TO DO para 2012 está procurar terapia, e me pego pensando que é caro, mas nem sei quanto está hoje em dia a sessão aqui em São Paulo. Ou então penso que não terei um horário para ir ou onde será, que precisa ser perto de metrô, ou de casa...

Uma infinidade de desculpas que podem sim me fazer empurrar e ao mesmo tempos fica mais evidente para mim que estou precisando de ajuda para me organizar por dentro, me ver melhor, me conhecer, me permitir.

sábado, 15 de outubro de 2011

Uma professora, um futuro, um dia...

Outro dia tive que fazer uma apresentação, de última hora, sem preparação decente. Público de 200 pessoas, auditório de um hotel.


Fiquei preocupada e ansiosa, posso até admitir que fiquei nervosa com a situação.


Mas quando peguei o microfone na mão foi como se uma chave tivesse sido virada nas minhas costas, como naqueles desenhos animados de boneco de corda.




Uma explosão de adrenalina que fez o calor subir para as minhas bochechas, andar por todo o palco e falar com uma segurança que não sei de onde vem.


Fiquei feliz e me lembrei dos tempos em que fazia muito isso, na época da faculdade e do movimentos estudantil.


E hoje, no dia dos professores, me lembro que podia ser uma e algumas escolhas da minha vida (não vamos julgar certas ou erradas, pois não é assim que vejo) me levaram para um caminho bem diferente.


Gosto de pensar que um dia posso exercer a profissão... Um dia, um futuro.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amor velado, flerte eterno

Sou amiga dessa mulher que carrega em seu peito um sentimento muito bonito.

Quando eu notei comecei a brincar com ela e percebi que o homem também tinha aquele olhar diferente para ela, aquele cuidado,  um carinho.

Depois de um tempo os amigos todos brincavam e ela dizia que estávamos todos loucos, que ele era muito bem casado, que eram só amigos e ele morava lá longe (outro estado!).

Muitos encontros depois, o mesmo comportamento de ambos e hoje até mesmo ela percebeu que existe algo sim, mas que não vai acontecer nada, que o sentimento existe, é recíproco, mas é além do realizável. Sempre será esse amor velado e eles terão em todos os seus encontros esse flerte gostoso.

Um amor assim é bom, chega a ser lindo, mas quando perguntei se dói ela me disse que não... Será?